Saturday, May 24, 2008

Perfil dos autores das obras para vestibular 2009 UFRN

1. COLEÇÃO PARA GOSTAR DE LER - vol. 7
Vários autores:
Carlos Eduardo Novaes nasceu na Tijuca, no Rio de Janeiro.Até os vinte e nove anos, não sabia ainda direito que rumo dar à sua vida: tentou as carreiras de ator, funcionário público, técnico da Petrobrás, dedetizador, fabricante de picolés e outros, mas nada dava certo.Até o dia em que ganhou uma máquina de escrever.No início, batia muito na máquina, de raiva mesmo.Mas com o tempo, os dois foram se tornando grandes amigos.Por volta dos anos 70, ganhou reconhecimento e faturou prêmios em decorrência de sua carreira de escritor. Nos dias de hoje, Carlos Eduardo Novaes é conhecido e respeitado por suas famosas crônicas. Carlos Eduardo Novaes nasceu na Tijuca, no Rio de Janeiro.Até os vinte e nove anos, não sabia ainda direito que rumo dar à sua vida: tentou as carreiras de ator, funcionário público, técnico da Petrobrás, dedetizador, fabricante de picolés e outros, mas nada dava certo.Até o dia em que ganhou uma máquina de escrever.No início, batia muito na máquina, de raiva mesmo.Mas com o tempo, os dois foram se tornando grandes amigos.Por volta dos anos 70, ganhou reconhecimento e faturou prêmios em decorrência de sua carreira de escritor. Nos dias de hoje, Carlos Eduardo Novaes é conhecido e respeitado por suas famosas crônicas.

José Carlos Oliveira, capixaba, foi a maior afirmação da crônica brasileira na década de 60. Trouxe para o gênero uma certa mistura de lirismo e sarcasmo, em um estilo de máxima agilidade, a serviço de uma sensibilidade especial para o ridículo e o patético do homem do nosso tempo. (in: http://www.releituras.com/jcoliveira_natal.asp)

Lourenço Carlos Diaféria nasceu no bairro do Brás, em São Paulo (SP), no ano de 1933. Contista, cronista e autor de histórias infantis, o jornalista iniciou sua carreira em 1956 na “Folha da Manhã”, hoje “Folha de S. Paulo”, como preparador de matérias. Em 1964 escreveu sua primeira crônica assinada. Ficou na “Folha” até 1977, ano em que foi preso e processado com base na Lei de Segurança Nacional pela autoria da crônica “Herói. Morto. Nós", considerada ofensiva às Forças Armadas. O processo durou cerca de três anos e terminou com a absolvição do cronista, que posteriormente voltou a atuar na “Folha de S. Paulo” . No ano de sua prisão, 1977, o conto “Como se fosse um boi” é premiado com o quarto lugar no VII Concurso Nacional de Contos do Paraná e incluído no livro Novos Contistas, editado pela Francisco Alves Editora. Colaborou também no “Jornal da Tarde”, “Diário Popular”, “Diário do Grande ABC”, e escreveu para as rádios "Excelsior", "Gazeta", "Record", "Bandeirantes" e para a "Rede Globo".
(in: http://www.releituras.com/ldiaferia_menu.asp)

Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.
É casado com Lúcia e tem três filhos.
Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro "A Grande Mulher Nua", uma coletânea de seus textos.
Participou também da televisão, criando quadros para o programa "Planeta dos Homens", na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série "Comédias da Vida Privada", baseada em livro homônimo.
Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em "Procurando o Silva", Ed Mort em "Disneyworld Blues", Ed Mort em "Com a Mão no Milhão", Ed Mort em "A Conexão Nazista", Ed Mort em "O Seqüestro do Zagueiro Central", Ed Mort e Outras Histórias, O Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira , Sexo na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé, A Mão Do Freud, Orgias, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva, O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.
Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e, a partir de junho de 2.000, no jornal O Globo.
Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro (se é que os mouros trabalham). Pensava que, com aquela vasta produção, ele só podia levantar os olhos da máquina de escrever para pingar colírio, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. Boemia, papos furados pela noite a dentro, curtir restaurantes malocados, lazer em suma, nem pensar. De manhã à noite, sempre com a placa "Homens Trabalhando" pendurada no pescoço."
Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de sua terra natal no carnaval de 2.000. (in: http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp)

2. LIVRO DE POEMAS
Jorge Fernandes de Oliveira (1887-1953) nasceu em Natal-RN. É considerado um dos precursores da poesia moderna no Brasil. Jorge Fernandes com seu "LIVRO DE POEMAS", de versos modernos, editado em 1927.
“A poesia, no Rio Grande do Norte, apresenta dois momentos culturais da maior plenitude literária e (anti) literária: a publicação do Livro de poemas, de Jorge Fernandes, em 1927, e o lançamento local da poesia concreta, em 1966, com o seu posterior desdobramento no poema/processo. (...) no espaço literatizante inaugurado por Jorge Fernandes, levantar a problemática da vanguarda, ou seja, da poesia (abstração: sentimento) ao poema (concreção: fisicalidade).” Moacy Cirne
“O poema jorgiano contém, em seu bojo, a simbolização onomatopaica (vide Manhecença..., Briga do teju e a cobra, Viva o sol!...Tetéu, etc.), o recurso caligramatizante (Rede), o espaçamento verbal (Tetéu), a metacrítica ao parnasianismo. No meio de tanta versalhada, que então se publicava, o nome de Jorge Fernandes — cuja poesia, até 1959/1960, ainda seria bastante atual — é um monumento literário. Nas palavras de Mário de Andrade, seu Livro de poemas conserva uma memória guardada nos músculos, nos nervos, no estômago, nos olhos, das coisas que viveu”” Moacy Cirne em A POESIA E O POEMA DO RIO GRANDE DO NORTE. Natal: Fundação José Augusto, 1979. (in: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grande_norte/jorge_fernandes.html)


3. CONTOS DE APRENDIZ
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
(in: http://www.releituras.com/drummond_bio.asp)

4. VIDAS SECAS
Graciliano Ramos. Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas. Casado duas vezes, teve sete filhos. Altura 1,75.Sapato n.º 41. Colarinho n.º 39.Prefere não andar. Não gosta de vizinhos.Detesta rádio, telefone e campainhas.Tinha horror às pessoas que falavam alto. Usava óculos. Era meio calvo. Não tinha preferência por nenhuma comida. Não gostava de frutas nem de doces. Era indiferente à música. Sua leitura predileta: a Bíblia. Escreveu "Caetés" com 34 anos de idade. Não deu preferência a nenhum dos seus livros publicados. Gostava de beber aguardente. Era ateu. Indiferente à Academia. Odiava a burguesia. Adorava crianças. Romancistas brasileiros que mais lhe agradavam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz. Gostava de palavrões: escritos e falados. Comunista convicto. Desejava a morte do capitalismo. Escreveu seus livros pela manhã. Fumava cigarros "Selma" (três maços por dia). Foi inspetor de ensino, trabalhou no "Correio do Manhã". Apesar de o acharem pessimista, discordava de tudo. Só tinha cinco ternos de roupa, estragados. Refez seus romances várias vezes. Esteve preso duas vezes. É-lhe indiferente estar preso ou solto. Escrevia à mão. Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio.Tinha poucas dívidas. Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas. Morreu em 1953.
(in: http://www.graciliano.com.br/entrada.html)
5. ELES NÃO USAM BLACK-TIE
Gianfrancesco Guarnieri. Se alguém perguntar a Guarnieri porque ele é tão calmo, vai ouvir a resposta: "É só aparência. Costumo fazer tempestade em copo d'água." A fala mansa e o jeito simpático escondem os tempos de turbulência, nos anos 60, quando enfrentava a ditadura militar com a palavra, única arma que tinha. Defendia com unhas e dentes o que considera mais sagrado: o teatro e a liberdade de expressão. Com apenas 23 anos, em 1956, escreveu seu primeiro texto, que foi também o mais premiado, Eles não usam black-tie, montado pelo Teatro de Arena, em 1958 (que, na época, tinha o pomposo nome de Primeiro Teatro Circular da América do Sul). "Depois do Arena e de Black-tie, os artistas adquiriram consciência de sua função na sociedade", disse Guarnieri a ISTOÉ. Duas décadas mais tarde, o texto foi adaptado para o cinema e recebeu, em 1981, cinco prêmios no Festival de Veneza, incluindo o Leão de Ouro de Especial do Júri.
Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri (nascido em 8 de agosto de 1934) é italiano de Milão, filho do maestro e violoncelista Edoardo e de Elza, exímia tocadora de harpa. Para manter sua orquestra, Edoardo precisava do apoio do poder público italiano. "Mas ele era antifascista e, por isso, não conseguia emprego na Itália. A saída foi sair do país." Vieram para o Rio de Janeiro, onde Guarnieri viveu a infância. Era garoto e ficava impressionado com a mendiga Xica Maluca, alvo de chacotas da garotada no bairro do Cosme Velho. Um dia, tomou coragem e se aproximou da velha. "Percebi que era uma injustiça o que faziam com ela. Tinha voz doce e me olhava como se pedisse cumplicidade." Xica Maluca, provavelmente, foi a primeira personagem popular a despertar em Guarnieri o sentimento de indignação e injustiça.
Aos 18 anos, já morando em São Paulo (o pai foi diretor do Teatro Municipal da capital paulista), onde ainda vive, Guarnieri descobriu o teatro ao militar no movimento estudantil. Nessa época, seus companheiros de labuta eram o também dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e a atriz Beatriz Segall, entre outros. "Foi quando eu descobri a minha vocação."
No início da carreira, é bem verdade, Guarnieri aprendeu duras lições. Uma delas foi quando encenou a peça infantil O rapto das cebolinhas, de Maria Clara Machado, num ginásio. "Não dava para escurecer o palco, porque não havia como tapar o sol. O som vinha de um microfone furreca. Não tinha magia. Com cinco minutos de espetáculo, as crianças do jardim de infância invadiram o palco. "Silêncio! Ordem!", gritavam os atores, em vão. Foi quando um garotinho, "um toquinho de uns cinco anos", tirou um apito do bolso e pôr ordem no pedaço. Traumatizado, Guarnieri nunca mais escreveu uma peça infantil. "Tenho muito respeito pelas crianças e não gostaria mais de incomodá-las", diverte-se ele.Autor de clássicos da dramaturgia nacional como Arena conta Zumbi, Castro Alves pede passagem e Um grito parado no ar, Guarnieri é também diretor e ator. Com a participação em novelas de televisão como Meu pé de laranja lima, Mulheres de areia e O mapa da mina, ganhou maior popularidade. "O que me dá alegria é saber que fiz tudo o que pude e sempre da maneira que gosto", diz.
VOCÊ SABIA?Certa vez, ao brigar com uma namorada, cometeu uma maldade da qual se arrepende até hoje. Eles discutiam asperamente dentro do automóvel. "Ela não parava de falar e, ainda por cima, dizia coisas absurdas", conta Guarnieri. A certa altura, ele ordenou: "Não aguento mais. Desça imediatamente do carro. Suma daqui!" Era noite sem lua, em local mal iluminado. Pior ainda: Guarnieri tinha parado bem em frente ao cemitério sem se dar conta. "Só descobri depois. Pobre mulher. Se arrependimento matasse..."
EM CENA· Eles não usam black-tie (1956) teatro· Arena conta Zumbi (1964/1968) teatro· Mulheres de areia (1973) novela· Eles não usam black-tie (1986) cinema. (in: http://www.terra.com.br/istoe/biblioteca/brasileiro/artes_cenicas/cenicas9.htm)